APPACDM de Coimbra comemora 50 anos
A APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) de Coimbra celebra, este ano, 50 anos de existência. Criada a 30 de junho de 1969, a instituição tem como principal missão “criar condições para que cada pessoa com deficiência mental (ou em situação de exclusão) possa atingir a sua plenitude como ser humano e social, potenciando a sua individualidade e consolidando a sua participação efetiva na sociedade”.
Marco importante para a Associação, 2019 torna-se o mote para a realização de eventos que promovam ondas de mudança na sociedade portuguesa, de modo a construir espaços de inclusão e de igualdade para todos e fomentar a quebra de barreiras e preconceitos relativamente aos mais vulneráveis. “Sempre encarámos o nosso trabalho numa perspectiva mais geral pois estamos certos de que é a mudar a sociedade que encontramos uma melhor aceitação da diferença e é na alteração de mentalidades de uma forma transversal em todas as áreas do conhecimento que podemos chegar a um “entender” e a um “sentir” que proporcionará as condições necessárias para a aceitação natural dos direitos das pessoas com deficiência”, refere a presidente da associação, Helena Albuquerque.
Assim, durante 2019 a APPACDM de Coimbra vai realizar um evento por mês, celebrando por 12 vezes o seu aniversário. O ano inicia-se com o evento UTOPIAS, uma sessão-debate com várias personalidades públicas portuguesas com relevância nas mais diversas áreas: empreendedorismo, cultura, turismo, ciência, literatura, ecologia.
“O tema foi escolhido porque tem um significado muito importante para nós: Utopias. Na APPACDM de Coimbra, a nossa “cidade ideal”, a nossa utopia, é que um dia existirá uma sociedade onde o cidadão com deficiência mental tenha condições para atingir a sua plenitude como ser humano e social”, explica a presidente. “E, até lá, trabalhamos com utopias no nosso dia a dia. Realizamos impossíveis e fazemo-lo porque acreditamos que o impossível se transformará em possível se acreditarmos e trabalharmos para isso”, remata.
A escolha de uma sessão de abertura das comemorações onde não se fale de deficiência é premeditada. “Tem muita a ver com a visão que temos do nosso papel na sociedade e com a forma como nos posicionamos relativamente a esta. Há que mudar a sociedade com base nos valores universais humanistas para esta estar preparada naturalmente para incluir, dignificar e estimar as pessoas com deficiência”, conclui Helena Albuquerque.